Ziguezague
DOI:
https://doi.org/10.26563/dobras.v3i6.276Abstract
Cada década do século XX nos conduziu, mais e mais, a enxergar velocidades estampadas no corpo e a afirmar mudanças de corpo e de roupa como materializações da subjetividade.
Nos anos 1970, época que consolidou de vez o prêt-à-porter — a lógica do pronto-para-usar que comanda a oferta de produtos — a moda ainda funcionava numa cadência que implicava a espera. As clientes iam ao ateliê de costura com o tecido comprado e uma revista nas mãos. Medidas tiradas, detalhes definidos, voltavam algum tempo depois para a prova, uma vez mais para ajustes e, por último, para a retirada da peça. Nesse ritmo de século passado, a confecção de roupas para o dia a dia poderia durar algo como duas semanas (...)