Monstros ou seres humanos? A aparência vestimentada de corpos políticos e a transformação de uma sensibilidade deteriorada
DOI:
https://doi.org/10.26563/dobras.i30.1234Palavras-chave:
Humanidade, monstros, sensibilidade, vestimentas, queerResumo
A discussão proposta para este trabalho parte de um estudo empírico com as agentes de pesquisa Tikal Babado e Pai Amor e os seus modos de vestir. Interseccionamos tanto os seus gêneros e sexualidades desobedientes quanto a questão de raça para pensarmos em suas formas queers e sensíveis. Sua moda se faz presente dentro de uma percepção de humanidade que lançamos nesse jogo de regras que a sociedade dita como correto ou não. No intuito de potencializar seus discursos e suas maneiras de sentir e perceber as vestes, objetivamos destacar seus aspectos de humanidade, sensibilidade e corpo queer, recorrendo a autores como Foucault (1987; 2001), Munanga (1988), Butler (2003) e Cidreira (2005), entre outros.
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Referências
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