Monstros ou seres humanos? A aparência vestimentada de corpos políticos e a transformação de uma sensibilidade deteriorada
DOI:
https://doi.org/10.26563/dobras.i30.1234Parole chiave:
Humanidade, monstros, sensibilidade, vestimentas, queerAbstract
A discussão proposta para este trabalho parte de um estudo empírico com as agentes de pesquisa Tikal Babado e Pai Amor e os seus modos de vestir. Interseccionamos tanto os seus gêneros e sexualidades desobedientes quanto a questão de raça para pensarmos em suas formas queers e sensíveis. Sua moda se faz presente dentro de uma percepção de humanidade que lançamos nesse jogo de regras que a sociedade dita como correto ou não. No intuito de potencializar seus discursos e suas maneiras de sentir e perceber as vestes, objetivamos destacar seus aspectos de humanidade, sensibilidade e corpo queer, recorrendo a autores como Foucault (1987; 2001), Munanga (1988), Butler (2003) e Cidreira (2005), entre outros.
Downloads
Riferimenti bibliografici
AMOR, Pai. Entrevista concedida (Dissertação de Mestrado). Cachoeira (BA), 13 abr. 2019.
BABADO, Tikal. Entrevista concedida (Dissertação de Mestrado). Cachoeira (BA), 11 abr. 2019.
BUTLER, Judith. Vida precária. Contemporânea – Revista de Sociologia da UFSCar.
Trad. Angelo Marcelo Vasco. São Carlos, Departamento e Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar, n. 1, 2011, p. 13-33.
CIDREIRA, Renata Pitombo. Os sentidos da moda. São Paulo: Annablume, 2005.
COLLING, Leandro. Que os outros sejam o normal: tensões entre o movimento LGBT e o ativismo queer. Salvador: EDUFBA, 2015.
DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio (orgs.). Métodos e técnicas de pesquisa em Comunicação Social. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
DUFRENNE, Mikel. Estética e filosofia. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1981.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.
FOUCAULT, Michel. Os anormais: curso no Collège de France (1974-1975). São Paulo: Martins Fontes, 2001.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Trad. Ligia M. Ponde Vassallo. Petrópolis: Vozes, 1987.
HOLZMEISTER, Silvana. O estranho na moda: a imagem nos anos 1990. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2010.
LOURO, Guacira Lopes. Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. [63] | NÚMERO 30 | SETEMBRO-DEZEMBRO 2020 https://dobras.emnuvens.com.br/dobras | e-ISSN 2358 0003 dossiê ] Baga de Bagaceira Souza Campos
MCLUHAN, Marshall. Os meios de comunicação como extensão do homem. Trad. Décio Pignatari. 14. ed. São Paulo: Cultrix, 2005.
MISKOLCI, Richard. Estéticas da existência e estilos de vida – as relações entre moda, corpo e identidade social. Revista Iara – Revista de Moda, Cultura e Arte, v. 1, n. 2, ago./dez. 2008.
MUNANGA, Kabengele. Negritude: usos e sentidos. 2. ed. São Paulo: Ática, 1988.
OLIVEIRA, Megg Rayara Gomes de. O diabo em forma de gente: (r)existências de gays afeminados, viados e bichas pretas na educação. 190 f. Tese (Doutorado em Educação) Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2017.
OMAR, Arthur. Antropologia da face gloriosa. São Paulo: Cosac & Naify Edições, 1997.
RAMOS, Guerreiro. Introdução crítica à sociologia brasileira. Rio de Janeiro: EdUFRJ, 1995.
RUBIN, Gayle. O tráfico de mulheres: notas sobre a “economia política” do sexo. Trad.
Christine Rufino Dabat, Edileusa Oliveira da Rocha e Sônia Correa. Recife: S.O.S. Corpo, 1993.
SANTOS, Jocélio Teles dos. Incorrigíveis, afeminados, desenfreiados: indumentária e travestismo na Bahia do século XIX. Revista de Antropologia, USP, v. 40, n. 2, p. 145-182, 1997.
SPARGO, Tamsin. Foucault e a teoria queer. Trad. Wladimir Freire. Rio de Janeiro: Pazulin; Juiz de Fora: Ed. UFJF, 2006.
TUCHERMAN, Ieda. Breve história do corpo e de seus monstros. Lisboa: Editora Vega, 1999.
VALVERDE, Monclar. A instituição do sensível: uma hermenêutica da experiência estética. Aracaju: Editora J. Andrade, 2018