Alexander McQueen olhando para o Oriente – influência do kimono japonês no Ocidente e elementos orientalistas na coleção “Voss” de McQueen (Primavera/Verão 2001)
DOI:
https://doi.org/10.26563/dobras.i38.1595Palavras-chave:
Alexander McQueen, Moda, Kimono, Orientalismo, NaturezaResumo
Desde o começo das trocas entre o Japão e o Ocidente em 1853, o kimono e outras peças orientais inundaram o mercado ocidental. Designers começaram a incorporar o kimono e seus elementos em seus designs, além disso, trazendo novidades para décadas de certa forma estáticas na moda ocidental. Há duas abordagens que os designers de moda costumam usar em relação às peças exóticas: alguns vêem apenas trajes, enquanto outros tentam preservar o trabalho original. Esse artigo objetiva analisar o trabalho do designer britânico Alexander McQueen, o qual pertence ao segundo tipo de abordagem. Em outras palavras, designers que criaram peças modernas, ao mesmo tempo em que tentaram manter aspectos tradicionais da cultura na qual se inspiram. Um exemplo dessa abordagem é a coleção “Voss” de McQueen (primavera/verão 2001), na qual ele também desafiou o conceito de beleza. A natureza desempenha uma parte integral dessa coleção mas, além disso, vale mencionar os elementos oriundos do Oriente, especialmente do Japão. McQueen foi um desses designers que tomavam emprestados elementos de países orientais, mas preservando o trabalho manual original. Sobre o Japão, em particular, McQueen usou telas japonesas com painéis bordados para a criação dos trajes. De maneira interessante, o design e o trabalho manual japonês original foram preservados, porém transformados em algo nostálgico e também novo.
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