Performando a norma: uma leitura antropológica das fantasias de Clóvis Bornay

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26563/dobras.i41.1734

Palavras-chave:

Fantasias, Gênero, Dissidência Sexual, Transgressões, Convenções Sociais

Resumo

O objetivo desse artigo é analisar as transgressões, cumplicidades e tipos de agenciamento promovidas por Clóvis Bornay a partir de suas fantasias nos concursos de fantasia de luxo do carnaval carioca entre as décadas de 1930 e 1970. O foco analítico recaiu no modo como Bornay combinando fantasias, maquiagem, acessórios e performances puderam negociar relações de poder manipulando diferentes "travestismo" de classe, raça e gênero e operando mecanismos de "burla" das convenções de gênero e sexualidade vigentes naquele contexto histórico. Tomadas como ponto de partida para pensar questões como diversidade sexual e de gênero na sociedade brasileira, as fantasias de Clóvis Bornay permitiram que esse corpo dissidente "habita-se a norma", ao mesmo tempo em que se rebelava contra ela. O trabalho de pesquisa se baseou em diferentes estratégias: notícias de jornais de ampla circulação no Rio de Janeiro, como O Globo e o Diário de Notícias; revistas ilustradas como Fatos & Fotos; fotografias pessoais, um documentário sobre sua vida e contribuição à museologia e entrevista com uma de suas filhas.

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Biografia do Autor

Thiago Barcelos Soliva, Universidade Federal do Sul da Bahia

Doutor em Ciências Humanas (Antropologia Cultural) pela UFRJ. Professor da Universidade Federal do Sul da Bahia.

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Filme

Entre o museu e a fantasia: um tributo à Clóvis Bornay. Direção: Núcleo de Memória da Museologia no Brasil (NUMMUS). Documentário. Brasil, 2016.

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Publicado

2024-08-01

Como Citar

SOLIVA, T. B. Performando a norma: uma leitura antropológica das fantasias de Clóvis Bornay. dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda, [S. l.], n. 41, p. 242–263, 2024. DOI: 10.26563/dobras.i41.1734. Disponível em: https://dobras.emnuvens.com.br/dobras/article/view/1734. Acesso em: 4 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê