Algumas reflexões teóricas sobre a traje indígena no Brasil colônia

Autores

  • Roberta Marx Delson Columbia University

DOI:

https://doi.org/10.26563/dobras.i40.1813

Palavras-chave:

Adornamento, Diretório dos Índios, “Vestuário`, Manutenção da ordem social

Resumo

O presente artigo é uma tentativa preliminar de aplicar as teorias sociais atuais sobre “vestuário” como uma forma de adorno, e “vestuário” como significante de classe em relação a questão dos modos de vestir dos povos indígenas no Brasil colonial. Partindo da análise de Joanne Enwistle, examino o encontro entre os indígenas e os administradores coloniais portugueses que ocorreu por mais de três séculos de controle. Também interpreto as ordens emitidas sobre as roupas dos nativos durante o controle do Diretório dos Índios. Minhas conclusões reforçam as teorias de que os adornos indígenas podem ser interpretados como “vestimentas” e, além disso, os portugueses entendiam esse conceito. Apesar disso, existiam contradições na abordagem portuguesa de criação de um proletariado de indígenas vestidos de maneira uniforme; a Coroa rotineiramente elevava os líderes (aos quais eram destinadas roupas elegantes) de maneira a reforçar a dependência em relação aos líderes coloniais. Ainda que esse “código de vestimenta” para a população indígena ajudasse a manter a ordem social, ele não foi inevitavelmente seguido.

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Biografia do Autor

Roberta Marx Delson, Columbia University

PhD in Latin American History, Columbia University. Research Associate, Division of Anthropology, the American Museum of Natural History.

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Publicado

2024-04-01

Como Citar

DELSON, R. M. Algumas reflexões teóricas sobre a traje indígena no Brasil colônia. dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda, [S. l.], n. 40, p. 51–66, 2024. DOI: 10.26563/dobras.i40.1813. Disponível em: https://dobras.emnuvens.com.br/dobras/article/view/1813. Acesso em: 4 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê