Tá na cabeça, tá na web! Significados simbólicos e historicidade do uso do turbante no Brasil

Autores

  • Dulcilei da Conceição Lima

DOI:

https://doi.org/10.26563/dobras.v10i22.633

Palavras-chave:

Turbante no Brasil, cabelo crespo, transição capilar, estética negra, mulheres negras.

Resumo

Em fevereiro de 2017 as redes sociais foram bombardeadas pelo debate acerca da apropriação cultural, tendo sido o uso do turbante o catalisador da polêmica. A discussão se concentrou em torno da validade ou não do conceito de apropriação cultural, mas pouco se discutiu sobre os significados da peça em disputa. Este artigo se propõe a abordar o uso do turbante numa perspectiva histórica, seus significados simbólicos e os elementos em disputa em torno de seu uso recentemente disseminado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BENEDICTO, Ricardo Matheus. Afrocentricidade, educação e poder: uma crítica afrocêntrica ao eurocentrismo no pensamento educacional brasileiro. Tese (doutorado), USP. São Paulo, 2016.

BORTOLOZO, Luciana Ferreira. A polêmica sobre a apropriação cultural e a necessidade do debate fora das redes. Consultor Jurídico, publicado em 17 de dezembro de 2016. Disponível em: http://www.conjur. com.br/2016-dez-17/luciana-bortolozo-apropriacao-cultural-necessidade-debate. Acesso em: 5 jul. 2017.

CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. 2ª edição. Col. Memória e Sociedade. Difel: Algés, 2002.

GARCIA, Carla Cristina. Os novos feminismos e os desafios para o século 21. Revista Cult, n. 199, 2015, pp. 52-55. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2015/03/os-novos-feminismos-e-osdesafios-para-o-seculo-21/. Acesso em: 21 set. 2015.

GOMES, Nilma Lino. Corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. Ação Educativa. São Paulo, 2002. Disponível em: www.acaoeducativa.org.br/.../Corpo-e-cabelo-como-símbolos-da-identidadenegra.pdf. Acesso em: 28 maio 2017.

GUIMARÃES, Antonio Sérgio Alfredo. Resistência e revolta nos anos 1960: Abdias do Nascimento. Revista USP, São Paulo, n. 68, pp. 156, 167, dez.-fev. 2005-2006. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i68p156-167

LEMOS, Marina Gazire. Ciberfeminismo: novos discursos do feminismo em redes eletrônicas. Dissertação (mestrado). PUC-SP, 2009.

LIMA, Dulcilei da Conceição. Desvendando Luíza Mahin: um mito libertário no cerne do feminismo negro. Dissertação (mestrado), Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo, 2011.

LIMA, Ivaldo Marciano de França. Todos os negros são africanos? O Pan-Africanismo e suas ressonâncias no Brasil contemporâneo. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH. São Paulo, 2011. Disponível em: http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1309546368_ARQUIVO_Trabalho_ completoANPUHIvaldo2011[1].pdf. Acesso em: 15 jul. 2017.

LODY, Raul. Cabelos de axé: identidade e resistência. Rio de Janeiro: Ed. Senac Nacional, 2004.

LOVEJOY, Paul. Jihad e escravidão: as origens dos escravos muçulmanos da Bahia. Topoi, Rio de Janeiro, n. 1, 2000, pp. 11-44. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/topoi/v1n1/2237-101X-topoi-1-01-00011. pdf. Acesso em: 28 maio 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/2237-101X001001001

MACHADO, Jorge Alberto S. Ativismo em rede e conexões identitárias: novas perspectivas para os momentos sociais. Revista Sociologias, Porto Alegre, ano 9, n. 18, jul./dez.2007, pp. 248-285. Disponível em: http://seer.ufrgs.br/sociologias/article/view/5657. Acesso em: 2 jun. 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-45222007000200012

MALTA, Renata Barreto; OLIVEIRA, Laila Thaíse Batista de. Enegrecendo as redes: o ativismo de mulheres negras no espaço virtual. In: Dossiê Mulheres Negras: experiências, vivências e ativismos. Revista Gênero, Niterói, v.16, n. 2, pp. 55-69, 1o sem. 2016. Disponível em: http://www.revistagenero.uff.br/index.php/ revistagenero/article/view/811. Acesso em: 5 fev. 2017. DOI: https://doi.org/10.22409/rg.v16i2.23673

MATOS, Lidia de Oliveira. “Não é só cabelo, é também identidade”: transição capilar, luta política e construções de sentido em torno do cabelo afro. Anais 30ª Reunião Brasileira de Antropologia. João Pessoa: 2016. Disponível em: www.portalintercom.org.br/anais/sudeste2015/resumos/R48-0059-1.pdf. Acesso em: 30 maio 2017.

MATOS, Edila Maria dos Santos. Cachear e encrespar: moda ou resistência? Um estudo sobre a construção identitária do cabelo afrodescendente em blogs. Dissertação (mestrado), UnB. Brasília, 2015.

PAIM, Márcio. Pan-africanismo: tendências políticas, Nkrumah e a crítica do livro Na casa de meu pai. Sankofa. Revista de História da África e de Estudos da Diáspora Africana, ano VII, n. XIII, julho/2014. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.1983-6023.sank.2014.88952

PAIVA, Carlos Eduardo Amaral de. Black Pau: a soul music no Brasil nos anos 1970. Tese (doutorado), UNESP. São Paulo, 2015.

PINHEIRO, Lisandra Barbosa Macedo. Negritude, apropriação cultural e a “crise conceitual” das identidades na modernidade. Anais do XXVIII Simpósio Nacional de História. Florianópolis, 2015. Disponível em: http://www.snh2015.anpuh.org/resources/anais/39/1427821377_ARQUIVO_LISANDRATEXTOCOMPLETOANPUH2015.pdf. Acesso em: 10 jul. 2017.

PRIMO, Alex. Fases do desenvolvimento tecnológico e suas implicações nas formas de ser, conhecer, comunicar e produzir em sociedade. In: Além das redes de colaboração: internet, diversidade cultural e tecnologias do poder. [on-line]. Salvador: EDUFBA, 2008. DOI: https://doi.org/10.7476/9788523208899.0004

RIBEIRO, Djamila. A apropriação cultural é um problema do sistema, não de indivíduos. Revista on-line AzMina. Texto publicado em 5 de abril de 2016. Disponível em: http://azmina.com.br/2016/04/ apropriacao-cultural-e-um-problema-do-sistema-nao-de-individuos/. Acesso em: 6 jul. 2017.

SANTOS, Ana Paula Medeiros T. dos; SANTOS, Marinês Ribeiro dos. Eugenia no Brasil: os discursos sobre gênero, raça e nação e o branqueamento estético. Anais Jornadas Latino-americanas de estudos sociais da ciência e da tecnologia. Disponível em:

http://www.esocite2016.esocite.net/resources/anais/6/1471464277_ARQUIVO_ArtigoANAPAULAMTSANTOSMARINESRSANTOS.pdf. Acesso em: 25 maio 2017.

SOUZA, Mônica Dias. Escrava Anastácia e pretos-velhos: a rebelião silenciosa da memória popular. In: SILVA, Vagner Gonçalves (Org.). Imaginário, cotidiano e poder. São Paulo: Selo Negro, 2007.

SOUZA, Vanessa Raquel Lambert de. O vestuário do negro na fotografia e na pintura: Brasil, 1850-1890. Dissertação (mestrado), UNESP – Instituto de Artes, São Paulo, 2007.

THOMÉ, Clarissa. Turbante na vida, no nome e no documento. O Estado de São Paulo, 13 de março de 2017. Disponível em: http://brasil.estadao.com.br/noticias/rio-de-janeiro,turbante-na-vida-no-nome-eno-documento,70001696911. Acesso em: 28 maio 2017.

Downloads

Publicado

2017-11-09

Como Citar

LIMA, D. da C. Tá na cabeça, tá na web! Significados simbólicos e historicidade do uso do turbante no Brasil. dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda, [S. l.], v. 10, n. 22, p. 21–41, 2017. DOI: 10.26563/dobras.v10i22.633. Disponível em: https://dobras.emnuvens.com.br/dobras/article/view/633. Acesso em: 13 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos