Afromoda: o uso das roupas e das aparências em corpos políticos
DOI:
https://doi.org/10.26563/dobras.i30.1232Resumo
A associação entre moda e pessoas negras quase sempre se dá por escândalos de racismo que vez ou outra surgem envolvendo nomes de profissionais, marcas e revistas de moda acusados de discriminação racial na escolha de modelos, de utilização inapropriada e desrespeitosa de elementos de culturas africanas ou afro-brasileiras (como o desfile de Adriana Degreas, na São Paulo Fashion Week (SPFW) 2013, que glamourizou a tortura representada na imagem da escrava Anastácia), na denúncia quanto à ausência de criadores negros nas passarelas e revistas, em situações como a falta de preparo de maquiadores para trabalhar em rostos negros, na grande diferença salarial entre profissionais negros e brancos da indústria da moda, entre tantas outras situações que vem sendo denunciadas especialmente em redes sociais, como nos perfis Moda Racista (deletado após ação judicial movida por Reinaldo Lourenço), Moda Racista Vive, Racismo na Moda e Pretos na Moda (todos no Instagram).