Serpente
ornamento que transcende a materialidade das joias
DOI:
https://doi.org/10.26563/dobras.i32.1375Palabras clave:
Ornamento, Adorno, Joia, Imaginário, Sentidos da serpenteResumen
O artigo pretende fomentar uma reflexão sobre os possíveis sentidos da imagem da serpente associados, particularmente, às construções criativas dos ornamentos que compõem às joias. Inspirada dos pensamentos do filósofo francês Gilbert Durand (2012), a pesquisa parte da compreensão da relevância da serpente no imaginário humano, destacando sua presença como ornamento atemporal na joalheria desde os egípcios, passando pela mitologia greco-romana, pelo seu protagonismo no movimento artístico art nouveau; e, por fim, como elemento marcante na chamada alta joalheria em pleno século XXI. Conforme Durand, o imaginário está relacionado à extensa capacidade individual e coletiva de dar sentido ao mundo, tendo o símbolo como caminho para expressá-lo. Os estudos contemplam ainda as meditações de Bourdieu (1989) sobre o poder simbólico e as ideias de Ernst Hans Josef Gombrich (2012) para o entendimento da relevância do ornamento na composição da joia como adorno, além da defesa pela autonomia do design no processo criativo. O breve percurso sobre as importantes construções imaginárias do ofídio reconhecidas ao longo da história humana culmina em uma proposta reflexiva e prática ao desenvolvimento de um adorno joia. A autora toma, então, a serpente como ornamento para a realização de um exercício criativo com a proposta de conceber um tema sugestionado pela imagem ofídica como elemento principal para o desenvolvimento de uma joia.
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