Lojas Marisa
a promessa do preço baixo nas vitrinas da avenida Paulista
DOI :
https://doi.org/10.26563/dobras.i32.1373Mots-clés :
Moda, Consumo popular, Sociossemiótica, Marisa, Regimes de visibilidadeRésumé
O presente trabalho2 busca compreender como a rede de lojas Marisa, que veste os grupos sociais populares desde sua criação, se reconstrói, ressignificando-se como ponto de venda de moda, e de que maneira, como destinador doador de competências, Marisa leva a moda para aqueles que apreendem a moda como um valor a ser cultivado. O objetivo desta pesquisa é analisar como é estar entre os globais na avenida Paulista sem deixar de ser local, além de apresentar o novo conceito da rede varejista e de seu público consumidor. Para tal fim, o artigo analisa as vitrinas da loja localizada na avenida Paulista com a rua Peixoto Gomide, selecionada por melhor caracterizar esse novo modo de interação e de construção da visibilidade da marca. Para o estudo das manifestações, a base teórica foi a da semiótica proposta por Algirdas Julien Greimas e as complementações de Eric Landowski, Jean-Marie Floch e Ana Claudia de Oliveira. Desse modo, concluímos que Marisa, ao instalar-se na avenida Paulista, coloca-se em um lugar de destaque que nenhuma outra loja da rede possui, e esta é uma visibilidade da versatilidade requintada que produz uma estetização do vestir os grupos sociais populares. Sendo assim, sobre a plataforma de valores práticos — sobre os quais outrora estiveram alicerçados os valores da marca — há um investimento simbólico, que faz parte da construção da Marisa como uma marca que tem competência para colocar as pessoas na moda e que está na moda.
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