O corpo nu sozinho nada pode: de Dona Severina a Trinity
DOI:
https://doi.org/10.26563/dobras.v6i13.139Palavras-chave:
roupa, fetiche, sexualidade, poder, mucosa.Resumo
Este artigo tem como objetivo tratar a roupa não só como cobertura para o corpo, segunda pele ou fashion statement, mas como objeto de empoderamento de seu usuário/usuária, artefato de poder, algo que confere de algum modo habilidades especiais a quem a usa. De Machado de Assis aos Irmãos Wachowski, propõe-se, num voo de pássaro freudiano, que a roupa (em particular a feminina, mas não só) seja vista como uma porta (ou mesmo uma membrana mucosa) para o poder, tanto social quanto sexual.
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