Cada lugar na sua coisa: do álbum de família à materialidade da roupa
DOI:
https://doi.org/10.26563/dobras.i41.1758Palavras-chave:
Processo criativo, Fotografia, Memória, Agência, DesignResumo
O objetivo deste artigo é entender o papel das fotografias de álbuns de família como suportes de memória nos processos de criação de vestuário. Esse trabalho se fundamenta em um estudo de caso realizado junto à marca de moda autoral curitibana, Novo-Louvre. Foram utilizados procedimentos metodológicos de análise de fontes heterogêneas, como entrevistas concedidas pela designer Mariah Salomão Viana e objetos do seu acervo pessoal, dentre os quais, álbuns fotográficos e documentos referentes aos seus processos criativos. Como resultado, compreendemos que as fotografias atuam como memórias objetualizadas que agenciam e são agenciadas junto aos processos criativos, materializando narrativas e prescrições sociais.
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