A (des)ordem do corpo: costuras entre moda e gênero
DOI:
https://doi.org/10.26563/dobras.i36.1605Palabras clave:
Moda, Aparência, Discurso, Corpo, GêneroResumen
O presente artigo, ancorado nos estudos discursivos, a partir do método arquegenealógico engendrado por Michel Foucault, tem como objetivo observar os mecanismos que constroem o corpo dito e visto nas linhas históricas, sociais e culturais como masculino, nas redes discursivas da Moda. De início contextualizamos a noção de acontecimento para que fosse possível tomar os enunciados que, em diferentes ordens, selecionam, organizam e redirecionam os discursos que falam sobre o homem e/ou a mulher. Em seguida, procuramos demonstrar como o corpo - e seus significantes e significados - tem sido o objeto pelo que se luta no espaço da Moda. O corpus para o qual se volta nosso olhar analítico é formado por um ensaio-reportagem publicado pela revista Manchete, edição número 0652, ano de 1964, no qual fora possível observar que a Moda, ao inscrever-se na desobediência do corpo, pode ser capaz de (re)modelar-se na multiplicidade do masculino e do feminino, desestabilizando ‘verdades’ sobre as políticas determinantes do corpo, do gênero e das subjetividades.
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