“Pano pra manga”: a conversão da Academia Brasileira de Letras em uma “arena de moda”
DOI:
https://doi.org/10.26563/dobras.v3i5.311Palabras clave:
Academia Brasileira de Letras, elegibilidade feminina, vestes cerimoniais.Resumen
A Academia Brasileira de Letras, fundada em 1897, manteve-se incólume à presença feminina até 1976, ano em que o artigo 17 do Regimento Interno, que até então restringia a eleição aos “brasileiros do sexo masculino”, é alterado, assegurando às mulheres a possibilidade de candidatura. A primeira mulher a sagrar-se imortal é Rachel de Queiroz, em 1977, cujo ingresso suscitou um verdadeiro debate estético em torno da veste cerimonial que, durante os primeiros oitenta anos de existência da entidade, fora confeccionada exclusivamente para os homens. Nessa ocasião, ao demandar a criação da versão feminina do fardão, a Academia transformou-se em uma verdadeira “arena de moda”, farta em inegáveis impasses e “saias-justas” que recaíram sobre as prerrogativas de gênero, tal como pretendemos evidenciar neste artigo.
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