“Eu não sigo tendência”
o uso e o não uso de relatórios de tendências de moda por designers no Brasil e na Alemanha
DOI:
https://doi.org/10.26563/dobras.i32.1371Parole chiave:
Tendências, Bureaux de style, Design de moda, Sistema da moda, ModaAbstract
No sistema da moda, as tendências organizam em maior ou menor grau o calendário de lançamento de coleções que renovam o mercado a cada ano. As empresas responsáveis por editar as tendências de moda em relatórios (reports) são denominadas bureaux de style. Este trabalho teve como objetivo compreender a forma como esses relatórios são usufruídos contemporaneamente por designers de moda. Assim, conduziu-se uma investigação interpretativa, seguindo-se a metodologia da Teoria Fundamentada nos Dados. A coleta dos dados se deu por meio de entrevistas com designers de moda no Brasil e na Alemanha e foram analisados seguindo as etapas de codificação, à luz do Realismo Crítico (BHASKAR, 2008) e da Teoria da Estruturação (GIDDENS, 1991). Como o recorte definido para a pesquisa foi a de um sistema da moda, adotou-se como ponto de partida a justificativa endógena para as tendências (ERNER, 2012; GODART, 2005). O trabalho evidenciou um discurso que, à primeira vista, nega o uso dos relatórios de tendências de moda. Todavia, quase a totalidade dos entrevistados têm (pago pelo) acesso a eles. Sendo assim, desenvolveu-se um quadro que denota diferentes níveis de uso dos relatórios de tendências dos bureaux de style; ampliando a concepção de seu uso.
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