Central do Brasil: “Esporte” de Risco

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26563/dobras.v12i27.985

Palavras-chave:

Práticas culturais. Antropologia do Esporte. Surfistas ferroviários. Central do Brasil. Conduta de risco.

Resumo

O artigo trata das práticas desenvolvidas pelos passageiros da Central do Brasil que viajavam pendurados nas portas, nas janelas e no teto das composições, focalizadas entre os anos 1950 e 1980. Inicialmente utilizada pela necessidade de enfrentar a superlotação e não perder a hora no emprego, a prática pingente foi adquirindo ao longo do tempo autonomia face ao imperativo que a determinara, revestindo-se de novas motivações. No decorrer dos anos 1960, ela atendia a dupla necessidade de satisfazer o desejo de lazer e de manifestar o sentimento de revolta da juventude despossuída dos subúrbios cariocas. Nesse sentido, o texto destaca, ainda, a prática dos autodenominados surfistas ferroviários, situando-a no quadro contrastivo estabelecido com a arte dos surfistas marítimos, ao mesmo tempo, mimetizada, emulada e hierarquizada pelos jovens que, nos trilhos de trens, desafiam a morte.

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Publicado

2019-12-19

Como Citar

FLORENZANO, J. P. Central do Brasil: “Esporte” de Risco. dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda, [S. l.], v. 12, n. 27, p. 103–121, 2019. DOI: 10.26563/dobras.v12i27.985. Disponível em: https://dobras.emnuvens.com.br/dobras/article/view/985. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê