Sobre o mito ocidental de Takarazuka fantasy: mulheres japonesas representam homens e ocidentais em cena
DOI:
https://doi.org/10.26563/dobras.i38.1572Palavras-chave:
Takarazuka, Otokoyaku, Orientalismo Fenomenológico, Ocidentalismo, SemióticaResumo
O presente artigo investiga o grupo japonês Takarazuka Revue e sua trupe de atrizes, mulheres que performam papéis de ocidentais e homens em musicais, subvertendo as orientações de poder típicas do Orientalismo. A construção da identidade ocidental será analisada na superfície externa do corpo, figurinos, objetos de cena, e enredos musicais, bem como o corpo maquiado e outras técnicas corporais apresentadas no palco. Os elementos visuais serão analisados a partir de um aporte semiótico, investigando em que medida os significados sobrepostos nas performances expressam um Ocidente romantizado, distante da sociedade ocidental de hoje. As técnicas corporais ritualizadas das performers do Takarazuka Revue revelam a natureza performativa do gênero e da raça. O Orientalismo Fenomenológico de Ahmed sustentará a análise da orientação entre Ocidente e Oriente, otokoyaku (imitador masculino) e musumeyaku (imitadora feminina), performers e audiência, apresentando o fluxo das dinâmicas de poder em estruturas Ocidentalistas/ Orientalistas e sua importância na imagem da companhia e, finalmente, os discursos “híbridos” que ela manipula.
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