Ziguezague: Cristiane Mesquita convida Deborah de Paula Souza
DOI:
https://doi.org/10.26563/dobras.v2i4.329Resumo
Em nosso contemporâneo, a aparência assume uma centralidade na constituição subjetiva, antes nunca vista na história da humanidade. A consolidação do corpo como locus subjetivo da busca incessante do eu, faz do cenário corporal palco de intervenções das mais radicais, em prol da materialização de uma sensação de si. A série “PROCURO- ME” − trabalho da poeta e artista visual Lenora de Barros1 − começou em 1994, a partir de uma brincadeira numa máquina de retratos, daquelas que permitem estudos de diferentes cortes de cabelo. Em 2001, inspirada pela proliferação de imagens de Osama Bin Laden com a legenda “PROCURA-SE”, Lenora iniciou uma composição fotográfica, na qual estampou uma espécie de multiplicação de si mesma, em cartazes lambe-lambe intitulados “PROCURO-ME” (...)