“Cool” youth: tensions of gender norms in fashion promoted by Pop magazine (1970s)

Authors

DOI:

https://doi.org/10.26563/dobras.v12i27.986

Keywords:

Fashion. Genre. Pop magazine. 1970s.

Abstract

In the 1970s, connections between the counterculture and the feminist and gay movements resulted in tensions in traditional models of femininity and masculinity. Such behavioral changes reverberated both in the costumes of pop culture artists and everyday garments. Using images of an editorial published in 1973 by Pop, the first magazine aimed at young people in Brazil, this paper discusses from a gender perspective how the use of fashion reiterated and regulated, but also questioned and widened the limits for body-building. To this end, the discussion, which dialogues with other publications of the referred time, is based above all on the articulation between the areas of Gender Studies and Fashion History. We understand that fashion is not neutral, but a cultural practice, being produced according to particular worldviews which may reinforce or contest social inequalities. Our analysis indicates that the fashion conveyed by Pop worked to some extent as a material strategy of tensioning social conservatism, by refuting normative gender patterns and producing more libertarian models of femininity and masculinity.

Downloads

Download data is not yet available.

References

BARROS, Patrícia Marcondes. A revolução sexual e o feminismo de Rose Marie Muraro através da imprensa alternativa contracultural nos anos 1970. Anais do VIII Congresso Internacional de História. Maringá, 2017. BATCHELOR, David. Cromofobia. São Paulo: Senac, 2007.

BENTO, Berenice. A reinvenção do corpo: sexualidade e gênero na experiência transexual. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.

BLACKMAN, Cally. 100 anos de moda masculina. São Paulo: Publifolha, 2014.

BONADIO, Maria Claudia. Moda e publicidade no Brasil nos anos 1960. São Paulo: nVersos, 2014.

BORGES, Luís Fernando Rabello. O processo inicial de formulação de produtos de mídia impressa brasileira voltados ao público jovem: um estudo de caso da revista Pop. 2003. 119 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) – Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação, Universidade do Vale do Rios dos Sinos (Unisinos). São Leopoldo, 2003.

CAPELLARI, Marcos Alexandre. O discurso da contracultura no Brasil: o underground através de Luiz Carlos Maciel (c.1970). 2007. 256 f. Tese (Doutorado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade de São Paulo (USP) 2007.

COLE, Shaun. Don we now our gay apparel: gay men’s dress in the twentieth century. New York: Oxford, 2000. DOI: https://doi.org/10.2752/9781847888679

DUNN, Christopher. Contracultura: alternative arts and social transformation in authoritarian Brazil. The University of North Carolina Press, 2016. DOI: https://doi.org/10.5149/northcarolina/9781469628516.001.0001

ESTEVÃO, Ilca Maria. Salto alto: as curiosidades em torno da peça símbolo de feminilidade. Disponível em: https://www.metropoles.com/colunas-blogs/ilca-maria-estevao/salto-alto-historia-curiosidades. Acesso em: 9 abr. 2019.

FOGG, Marnie. Tudo sobre moda. Rio de Janeiro: Sextante, 2013.

HARDING, Sandra. A instabilidade das categorias analíticas na teoria feminista. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 1, n. 1, p. 7-31, 1993.

HARRIS, Karen. Who wore short shorts? In the 1970s, men wore short shorts. Disponível em: https://groovyhistory.com/mens-shorts-styles-of-the-seventies. Acesso em: 5 abr. 2019.

LAQUEUR, Thomas. Inventando o sexo: corpo e gênero dos gregos a Freud. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.

LOURO, Guacira Lopes (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.

MIRA, Maria Celeste. O leitor e a banca de revistas: o caso da Editora Abril. 1997. 359 f. Tese (Doutorado em Sociologia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Campinas, 1997.

MISKOLCI, Richard. Estranhando as ciências sociais: notas introdutórias sobre Teoria Queer. Revista Florestan. Ano 1, n. 2, p. 8-25, 2014.

MONTEIRO, Marko. Masculinidades em revista: 1960-1990. In: PRIORE, Mary del; AMANTINO, Marcia (Orgs.). História dos homens no Brasil. São Paulo: Editora Unesp, 2013. MURARO, Rose Marie. Feminismo e Androginia. Rolling Stone, Rio de Janeiro, n. 3, p. 6-7, 29 fev. 1972.

NASCIMENTO, Abdias. Democracia racial: mito ou realidade? Disponível em: https://www.geledes.org.br/democracia-racial-mito-ou-realidade/. Acesso em: 15 abr. 2019.

PAOLETTI, Jo B. Sex and unissex: fashion, feminism and the sexual revolution. USA: Indiana University Press, 2015.

PEDRO, Joana Maria. Corpo, prazer e trabalho. In: PINSKY, Carla Bassanezi; PEDRO, Joana Maria. Nova história das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2016.

PERROT, Michele. As aparências: os cabelos das mulheres. In: Perrot, Michele. Minha história das mulheres. São Paulo: Contexto, 2007.

PRADO, Luís André; BRAGA; João. História da moda no Brasil: das influências às autorreferências. São Paulo: Disal Editora, 2011.

PRECIADO, Paul Beatriz. Manifesto contrassexual: práticas subversivas de identidade sexual. São Paulo: n-1 edições, 2014.

RAINHO, Maria do Carmo Teixeira. Moda e revolução nos anos 1960. Rio de Janeiro: Contracapa, 2014.

REED, Paula. 50 ícones que inspiraram a moda 1970. São Paulo: Publifolha, 2013.

ROSZAK, Theodore. A contracultura: reflexões sobre a sociedade tecnocrática e a oposição juvenil. Petrópolis: Vozes, 1972.

SANT’ANNA, Denise Bernuzzi de. História da beleza no Brasil. São Paulo: Contexto, 2014.

SANTOS, Marinês Ribeiro dos. Gênero e cultura material: a dimensão política dos artefatos cotidianos. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 26, p. 1-8, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9584.2018v26n137361

SANTOS, Marinês Ribeiro dos. O design pop no Brasil dos anos 1970: domesticidades e relações de gênero na revista Casa & Jardim. 2010. 312 f. Tese (Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas) – DCIH, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2010.

SANZ, Beatriz; MENDONÇA, Heloísa. O lado obscuro do ‘milagre econômico’ da ditadura: o boom da desigualdade. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/29/ economia/1506721812_344807.html. Acesso em: set. 2018.

SARDENBERG, Cecilia M. B. Caleidoscópios de gênero: gênero e interseccionalidades na dinâmica das relações sociais. Mediações, Londrina, vol. 20, n. 2, p. 56-96, jul./dez. 2015. DOI: https://doi.org/10.5433/2176-6665.2015v20n2p56

SAVAGE, Jon. A criação da juventude: como o conceito de teenager revolucionou o século XX. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.

SIMIONI, Ana Paula Cavalcanti. Esses detalhes tão significativos: moda, cultura e historicidade no Brasil. In: BONADIO, Maria Claudia; MATTOS, Maria de Fátima (Orgs.). História e cultura de moda. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2011.

STURKEN, Marita; CARTWRIGHT, Lisa. Practices of looking: an introduction to visual culture. New York: Oxford University Press, 2009.

SVENDSEN, Lars. Moda: uma filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.

VERGUEIRO, Viviane. Por inflexões decoloniais de corpos e identidades de gênero inconformes: uma análise autoetnográfica da cisgeneridade como normatividade. 2015. 244 f. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos, Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2015.

ZIMMERMANN, Maíra. Jovem Guarda: moda, música e juventude. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2013.

Published

2019-12-19

How to Cite

FRANÇA, M. S.; SANTOS, M. R. dos. “Cool” youth: tensions of gender norms in fashion promoted by Pop magazine (1970s). dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda, [S. l.], v. 12, n. 27, p. 123–146, 2019. DOI: 10.26563/dobras.v12i27.986. Disponível em: https://dobras.emnuvens.com.br/dobras/article/view/986. Acesso em: 3 jul. 2024.

Issue

Section

Articles