Laboratório de Joalheria Contemporânea: o corpo como matéria-prima da invenção
DOI:
https://doi.org/10.26563/dobras.i36.1613Palabras clave:
Joalheria contemporânea, Corpo, Aprendizagem inventivaResumen
Este artigo tem como objetivo relatar e discutir dinâmicas de aprendizagem inventiva, com foco na experiência corporal, utilizadas na disciplina optativa Laboratório de Joalheria Contemporânea, ofertada na Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais no período de 2017 a 2019. Ao abordar a relação entre corpo e joia, pensando nos desdobramentos desse entrelace nos indivíduos que projetam as peças e as usam, a disciplina propôs explorar a conexão entre ser no mundo e mundo vivido. Tendo como referência o sentido de corpo-próprio, de Maurice Merleau-Ponty (2011), os alunos foram convocados a experimentar e a criar a partir do próprio corpo, em interação com territórios coletivos. Por meio de atividades prático-reflexivas, as dinâmicas corporais permitiram extrair motivações e reflexões para o desenvolvimento de uma joia contemporânea. Ao explorar diferentes formatos pedagógicos, buscamos estimular a invenção, fomentar a produção de subjetividades e criar ambientes propícios à experimentação a partir da análise e da entrega do corpo ao processo e do questionamento do contemporâneo.
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