Por que ler ... Colin Campbell?

Autores

  • Maria Lucia Bueno

DOI:

https://doi.org/10.26563/dobras.v6i13.132

Resumo

Exatamente como “puritano” e “romântico” representam ideais de caráter contrastantes que podem, todavia, ser incorporados com sucesso a um sistema de personalidade, assim também eles representam tradições culturais aparentemente opostas, que compreendem o único sistema cultural da modernidade dentro do qual sua relação simbiótica é o aspecto dominante. Pois, muito embora eles gerem ideais que os indivíduos, ocasionalmente, podem sentir necessidade de escolher, e que os intelectuais continuamente procuram defender uns dos outros, essas perspectivas são diferentemente institucionalizadas ao longo das faixas de idade, sexo, ocupação e papéis sociais, assim como diferentemente interiorizadas, de modo a eliminar quaisquer experiências agudas de conflito das de reflexão aproximadamente mais ética dos indivíduos. Como resultado essas culturas gêmeas asseguram o contínuo desempenho daquelas formas contrastadas mais interdependentes de comportamento essenciais à perpetuação das sociedades industriais, que emparelham consumo e produção, diversão e trabalho. Por conseguinte, enquanto o trabalho pode efetivamente se mostrar uma “contradição” dentro da cultura, não é uma contradição dentro do capitalismo: ao contrário, essa forma de diferenciação cultural caracterizou tais sociedades desde o berço, parecendo essencial à continuação de sua existência. (...)

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Referências

CAMPBELL, Colin. A ética romântica e o espírito do consumismo moderno. Rio de Janeiro: Rocco, 2001.

_____. Eu compro, logo sei que existo: as bases metafísicas do consumo moderno. In: BARBOSA, Lívia; CAMPBELL, Colin (Org.). Cultura, consumo e identidade. Rio de Janeiro: FGV, 2009.

WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

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Publicado

2013-01-24

Como Citar

BUENO, M. L. Por que ler ... Colin Campbell?. dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda, [S. l.], v. 6, n. 13, p. 20–23, 2013. DOI: 10.26563/dobras.v6i13.132. Disponível em: https://dobras.emnuvens.com.br/dobras/article/view/132. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Colunas