Leis suntuárias, vestimentas e regulações sociais femininas na série Rainha Charlotte
DOI:
https://doi.org/10.26563/dobras.i42.1729Palavras-chave:
Leis suntuárias, Moda e consumo, Mulheres, Rainha Charlotte, Narrativas audiovisuaisResumo
A partir do seriado televisivo Rainha Charlotte (2023), da Netflix, este artigo propõe uma análise da conformação histórica das vestimentas como mecanismos de manutenção de hierarquias e imposição de austeras regulações sociais, especialmente para a mulher. A trama, baseada na história da rainha consorte da Inglaterra no período de 1761 e 1818, nos transporta para um tempo que, embora idealizado pela ficção, esboça a qualidade do drama feminino nas sociedades de corte europeias. Observa-se, particularmente, como se dão as fixações e permanências dispostas a partir das lógicas das normatividades suntuárias. O vestir é um ato social determinante para mulheres que tentam reinventar seus espaços de existência nas brechas do sistema aristocrático. A análise interpretativa se apoia no estudo de caso sugerido por José Luiz Braga e no método heurístico proposto por Carlo Ginzburg, a fim de captar indícios oferecidos pela diegese para a reconstrução e compreensão da narrativa histórica e na perspectiva de autores como Georg Simmel e Alan Hunt.
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