Fashion and its decolonial teaching acting as enchantment technologies, preserving indigenous clothing nowadays

Authors

  • Julia Vidal Ewà Poranga; IED (Instituto Europeu de Design Brasil (RJ e SP); REAFRO RJ; Universidade Pluriétnica Aldeia Marakanà
  • Júlia Muniz de Souza UERJ; Universidade Pluriétnica Indígena Aldeia Maracanã (UIPAM); Éwà Poranga https://orcid.org/0000-0001-7910-3392

DOI:

https://doi.org/10.26563/dobras.i40.1702

Keywords:

Indigenous fashion, Clothing, Cosmovisions, Multicultural, Decolonial School

Abstract

This article seeks to broaden the conceptualization of the dimension of dressing by addressing indigenous clothing as vehicles of symbols, traditions and identities. Indigenous clothing also are part of the (re)existence cultural process, on societies that have undergone colonial processes of genocide. As an ethnographic approach, we will address the production form and representation of the clothing from the Marajoara and Xavante peoples, as well as the necessary adaptations to the urban context. And then place them in opposition to the constructions of the meaning and symbols consolidated in non-indigenous subjectivities, from the colonizing perspective. Through bibliographic research, image collections, oral reports collected in field research in villages and throughout the classes of the Pluricultural Fashion course, at the Ewà Poranga School, we intend to expand the understanding of original clothing and the teaching of pluricultural fashion as decolonial and anti-racist tools that are part of a set of ‘technologies of enchantment’ for the maintenance of the existences of indigenous cosmologies in contemporaneity.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Julia Vidal, Ewà Poranga; IED (Instituto Europeu de Design Brasil (RJ e SP); REAFRO RJ; Universidade Pluriétnica Aldeia Marakanà

Julia Vidal é Bapaioca, filha de baiana, neta de paraense e nascida no Rio de Janeiro, é mulher negra e indígena (marajoara) em retomada. Designer gráfico e de moda, pós graduada em História-África Brasil, mestre em Relações Étnico-raciais. Idealizadora e coordenadora da Ewà Poranga, Professora de Narrativas afro-indígenas na moda brasileira no IED (Instituto Europeu de Design Brasil (RJ e SP), coordenadora de Educomunicação do Colabora Moda Sustentável, membro da diretoria regional da REAFRO RJ e da Universidade Pluriétnica Aldeia Marakanà (UIPAM).

Júlia Muniz de Souza, UERJ; Universidade Pluriétnica Indígena Aldeia Maracanã (UIPAM); Éwà Poranga

Julia Muniz de Souza recebeu seu nome indígena se tornando Julia Otomorinhori’õ, integrante do povo Xavante, formada em Educação Artística pela UERJ, professora de artes da rede pública, coordenadora das atividades de arte da Universidade Pluriétnica Indígena Aldeia Maracanã (UIPAM) e curadora dos mestres indígenas para os cursos Éwà Poranga.

References

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. 6ª ed. São Paulo: Edições 70, 2011.

BARRETO, Cristina. Do teso marajoara ao sambódromo: agência e resistência de objetos arqueológicos da Amazônia. In: Boletim do Museu Paraense Emílio Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, Belém, v, 15, n. 3, e. e20190106, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/2178-2547-bgoeldi-2019-0106

BORGES, Luiz C.; GODIM, Lourdes. O saber do mito: Conhecimento e inventividade indígenas. Rio de Janeiro: Editora Teatral, 2003.

COSTA, Márcia O.; Maués, Ivone G. Sons e ritmos africanos na amazônia: O lundu Marajoara. Belo Horizonte; Historiarte, 2016.

DUSSEL, Enrique. Transmodernidade e interculturalidade: interpretação a partir da filosofia da libertação. Revista Sociedade e Estado – Volume 31 Número 1. Janeiro/Abril 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100004

D. MIGNOLO, Walter. Desobediência epistêmica: a opção descolonial e o significado de identidade em política. Cadernos de Letras da UFF – Dossiê: Literatura, língua e identidade, no 34, p. 287-324, 2008.

GALLO, Giovanni PE. Motivos Ornamentais da cerâmica Marajoara, modelos para o artesanato de hoje. Cachoeira do Arari: Edições Museu do Marajó, 2005.

GELL, Alfred. The technology of enchantment and the enchantment of technology. In J. Coote & A. Shelton (Eds.), Anthropology, art and aesthetics (pp. 41-63). Oxford: Clarendon Press, 1992. DOI: https://doi.org/10.1093/oso/9780198277330.003.0003

HODDER, I. (1982). Symbols in action: ethnoarchaeological studies of material culture (Série New Studies in Archaeology). Cambridge: Cambridge University Press.

HOSKINS, J. (2006). Agency, biography and objects. In C. Tilley, W. Keane, S. Kuechler, M. Rowlands & P. Spyer (Eds.), Handbook of Material Culture (pp. 74-84). London: Sage Publications. DOI: https://doi.org/10.4135/9781848607972.n6

INDUMENTA. Ixitkydky, Um olhar sobre os trajes tradicionais das mulheres Iny Karajá. Disponível em: vestiresmulheresinykaraja.com. Acesso em: Setembro de 2022. LODY, Raul. Moda e História. As Indumentárias das mulheres de fé. São Paulo; Senac São Paulo, 2015.

MACHADO, José de Paula. Marajó. Rio de Janeiro; Agir, 1989.

PACHAMAMA, Aline Rochedo. Guerreiras = M´baima Miliguapy : Mulheres indígenas na cidade. Rio de Janeiro; Pachamama, 2018.

SCHAAN, Denise P. A linguagem iconográfica da cerâmica marajoara: um estudo da arte pré-histórica na Ilha de Marajó, Brasil (400-13 00AD). Porto Alegre: EdiPUCRS, 1997. (Coleção Arqueologia, 3).

TUFANO, Douglas. A carta de Pero Vaz de Caminha. São Paulo: Editora moderna, 2023. UNIVERSIDAD INTERCULTURAL AMAWATAY WASI. Aprender en Ia Sabiduría y el Buen Vivir. Quito: Imprenta Mariscal. 2004.

VIDAL, Julia (organizadora). Cosmovisões X Moda: Qual é a sua tendência? Contribuições e proposições para uma moda étnica e ética. Rio de Janeiro: Editora Universidade Indígena, 2020.

VIDAL, Julia. Precisamos desconstruir ou construir? a arte utilitária como um caminho de construção. Anais do I Colóquio Design e Memória. Belo Horizonte, MG: Sobrado, 2022.

VIDAL, Lux (organizadora). Grafismo Indígena. Estudos de antropologia estética. São Paulo: Studio Nobel, FAPESP, Editora da Universidade de São Paulo, 2000.

Published

2024-04-01

How to Cite

VIDAL, J.; SOUZA, J. M. de. Fashion and its decolonial teaching acting as enchantment technologies, preserving indigenous clothing nowadays. dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda, [S. l.], n. 40, p. 67–87, 2024. DOI: 10.26563/dobras.i40.1702. Disponível em: https://dobras.emnuvens.com.br/dobras/article/view/1702. Acesso em: 21 may. 2024.

Issue

Section

Dossier