Estilo: atravessando o Saara
DOI:
https://doi.org/10.26563/dobras.v2i3.349Abstract
Minha mãe sempre contava, com certa bravata e alegria, que minhas primeiras palavras, com menos de 1 ano de idade, foram Alá, lá ô, ô, ô, ô. O refrão animado da marchinha dos anos 40 – que até hoje empolga também os blocos moderninhos e as passistas enfeitadas com cola e tapa-sexo – toca nos meus ouvidos e coração. Principalmente quando desço do metrô em direção ao Saara, como se fosse um intróito quase religioso. É uma necessidade incontrolável a de ir para aquelas bandas, uma catarse, alguma coisa meio sagrada que me faz esquecer o dia-a-dia nos trajetos cariocas que o destino me obriga a percorrer (...)
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