Da Ninfa ao Trapeiro: o panejamento caído, entre restos de moda e rastros de Arte
DOI:
https://doi.org/10.26563/dobras.i36.1606Palavras-chave:
Ninfa, Violência, Corpo feminino, Panejamento, TrapeiroResumo
Este artigo apresenta uma leitura da Ninfa na história da arte, para pensar desdobramentos do corpo feminino e indícios humanos. Desde o pensamento de Georges Didi-Huberman, a figura mitológica da Ninfa se bifurca entre um corpo feminino e os panejamentos caídos no chão, dobrados ou amassados, desprendidos de um corpo. Refletir sobre a personagem torna-se instrumento para falar do corpo feminino impregnado de significações, o movimento do tempo e queda da Ninfa, o corpo violado ou subversivo. Do outro lado temos os panos separados do corpo, como naturezas mortas eles apodrecem no chão e testemunham histórias de violência e esquecimento.
Downloads
Referências
AFEISSA, Hicham-Stéphane. Esthétique de la Charogne. Bellevaux: Editions Dehors, 2018.
AFEISSA, Hicham-Stéphane. Esthétique de la charogne: Aristote, père de l’esthétique cognitive? In: Nouvelle revue d’esthétique, vol. 22, no. 2, 2018a.
BAUDELAIRE, Charles. As Flores do Mal. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
BAUDELAIRE, Charles. Choix de maximes consolantes sur l’amour (in Le Corsaire-Satan, 3 mars 1846). In: S. Pestel pour la collection électronique de la Bibliothèque Municipale de Lisieux. Lisieux,1997. Disponível em: www.bmlisieux.com/litterature/baudelaire/maximes.htm Acesso em: jul./2020.
BAUDELAIRE, Charles. O Pintor da Vida Moderna. In: Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006.
BAUDELAIRE, Charles. Paraísos artificiais: O haxixe, o ópio e o vinho. Porto Alegre: L&PM, 2011.
BAUDELAIRE, Charles. Uma Carniça. In: Blog Borges dos Reis: literatura e poesia, 2011a.
(tradução Álvaro Reis). Disponível em: https://borgesdosreis.wordpress.com/2011/04/08/poesia-uma-carnica-charles-baudelaire Acesso em: jul./2020.
BENJAMIN, Walter. Fragmento de Paris do Segundo Império. In: Obras Escolhidas v.3. São Paulo: Brasiliense, 1989.
BENJAMIN, Walter. Passagens. Belo Horizonte: UFMG, 2009.
BOLTANSKI, Christian. Depoimento sobre Dança Macabra, Guimaraes: 2012. In: Vídeo no Canal 180. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Bmg-i9OorBQ
BROOKS, Katherine. Polish Rape Sculpture Draws International Backlash. In: Culture e Arts, HuffPost, 2013. Disponível em: https://www.huffpost.com/entry/jerzy-bohdanszumczyk_n_4123355
COLLING, Ana Maria; ACOM, Ana Carolina Acom. Corpo feminino, corpo político: de fustigado à devorador do instituído. In: Revista Prâksis, Novo Hamburgo, ano 16, nº. 2, mai./ago. 2019.
DELEUZE, Gilles. Conversações. Rio de Janeiro: Editora 34, 2008.
DELEUZE, Gilles. Lógica do Sentido. São Paulo: Perspectiva, 1974.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Cascas. São Paulo: Editora 34, 2017.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Ninfa Moderna: Ensaio sobre o panejamento caído. Lisboa: KKYM, 2016.
ECO, Umberto. História da Feiura. Rio de Janeiro: Record, 2008.
EVANS, Caroline. Fashion at the edge: spetacle, modernity & deathliness. Yale University Press/New Haven and London: 2012.
FERNANDES, João. Depoimento sobre Dança Macabra, Guimaraes: 2012. In: Vídeo no Canal 180. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Bmg-i9OorBQ
SEHN, Carina. Um corpo performático para romper com a representação. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Programa de Pós-Graduação em Educação (FACED/UFRGS), Porto Alegre, 2014.
STALLYBRASS, Peter. O Casaco de Marx: roupas, memória, dor. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
VIGARELLO, Georges. A história e os modelos do corpo. In: Proposições, v. 14, n. 2 (41), maio/ago. 2003.
ZORDAN, Paola. Poéticas para uma micropolítica institucional. In: Crítica Cultural – Critic, Palhoça, SC, v. 11, n. 2, p. 273-285, jul./dez. 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais