Moda como linguagem
uma partilha do sensível
DOI :
https://doi.org/10.26563/dobras.i31.1297Mots-clés :
Moda, Arte, Filosofia, Linguagem, EstiloRésumé
Este artigo apresenta o conceito da partilha do sensível, do livro homônimodo filósofo contemporâneo Jacques Rancière, com o intuito de produzir novas formas devisibilidade e enunciação da moda contemporânea a partir dos seus aspectos estéticos epolíticos. Mais do que um sistema comportamental, a moda aqui será tratada como umamanifestação da linguagem comunitária, passível de ser lida mediante seus modos de sociabilidadee os efeitos que produz. Iniciamos nossa discussão abordando os principaisconceitos que aproximam a moda da arte, principalmente no que diz respeito à sua superfícieimagética. Depois, guiamo-nos pela noção de estilo, para entender como certosprocessos criativos da moda foram aprisionados pela ideia da homogeneização dos corpospor meio da linguagem. Aqui, mostramos a campanha I speak my truth, lançada em2019, pela marca de roupas Calvin Klein. Finalmente, colocamos a moda no plural e juntoda proposição da filosofia estética, lançamo-nos para uma conceituação das imagens emrelação aos seus processos de identificação, mediante os regimes ético, representativo eestético, em uma aproximação entre arte, moda e filosofia.
Téléchargements
Références
CIDREIRA, Renata Pitombo. Os sentidos da moda: vestuário, comunicação e cultura. SãoPaulo: Annablume, 2005.
HALL, Stuart; SILVA, Tomaz Tadeu da (org.); WOODWARD, Kathryn. A produção social daidentidade e da diferença. In: HALL, Stuart; SILVA, Tomaz Tadeu da (org.); WOODWARD,Kathryn. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes,2014. p. 73-102.
LIPOVETSKY, Gilles. O império do efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas.Trad. Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. Trad. Mônica Costa Netto.Rio de Janeiro: Editora 23, 2009.
SIMMEL, Georg. La parure et autres essais. Trad. Michel Collomb, Philippe MArty et Florence Vinas. Paris: Édition de la Maison des Sciences de l’Homme, 1998.