Lustro, laca e Liotard

técnicas e texturas entre Ásia e Europa

Autores

  • Noémie Etienne
  • Chonja Lee
  • Maria Cristina Volpi
  • Carolina Casarin

DOI:

https://doi.org/10.26563/dobras.i31.1308

Palavras-chave:

História da Arte, Tecnologia, Iluminismo, Chinoiserie, Conexões históricas

Resumo

Com a ajuda de exemplos provenientes dos domínios das artes decorativas e das belas-artes, mostramos que o brilho das superfícies se torna um dos objetivos maiores da economia das chinoiseries. Os artesãos e artistas suíços tinham conhecimento das porcelanas, das lacas e dos tecidos que se difundiram por toda a Europa, e sua circulação estava ligada às ambições diplomáticas e econômicas dos países envolvidos (China, Japão, Sião, França, Alemanha, Inglaterra, Holanda...). No continente é, portanto, uma questão de dominar essas técnicas para desenvolvê-las e comercializá-las. Além disso, os atores procuram traduzir o brilho e a textura em diferentes meios: os objetos importados da China ou do Japão transformam desse modo o universo sensorial europeu, estimulando a imitação de certas matérias e resultados plásticos, como o brilho e o perolado. Por exemplo, na natureza morta da coleção Getty, o pintor genebrino Jean-Etienne Liotard é diretamente confrontado com as propriedades materiais e formais das lacas asiáticas, introduzindo um novo horizonte visual e tátil na Europa.

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Biografia do Autor

Noémie Etienne

Professora no Instituto de História da Arte da Universidade de Berna, Suíça. Bolsista da Swiss National Science Foundation (SNSF). Especialista em arte moderna e cultura material. Lidera um projeto de pesquisa sobre exotismo na Europa entre 1600 e 1800 (www.theexotic.ch). Seu mais recente projeto de pesquisa é intitulado Histórias globais de conservação.

Chonja Lee

Pesquisadora de pós-doutorado no Instituto de História da Arte da Universidade de Berna, Suíça, com o projeto Tecidos estampados suíços e franceses. Um estudo em História da Arte sobre imitação, consumo e construção do exótico no século XVIII.

Maria Cristina Volpi

Doutora em História pela UFF. Professora associada da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Carolina Casarin

Doutora em História da Arte/UFRJ. Professora independente de História do vestuário e da moda.

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Publicado

2021-04-15

Como Citar

ETIENNE, N.; LEE, C.; VOLPI, M. C.; CASARIN, C. Lustro, laca e Liotard: técnicas e texturas entre Ásia e Europa. dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda, [S. l.], n. 31, p. 439–455, 2021. DOI: 10.26563/dobras.i31.1308. Disponível em: https://dobras.emnuvens.com.br/dobras/article/view/1308. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

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Tradução